
Este texto na verdade não é novo. Foi meu cartão de Natal do ano passado. A pedidos e em função da época que se avizinha, republico.
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O tempo vai passando e os Natais vão mudando para a gente. De uma hora para outra ( digo de uma hora para outra porque nem notamos que estamos ficando velhos) começamos a dar mais presentes do que receber. Já perceberam? Sintoma claro do tempo. E o Natal, que antes era um tempo de alegria para os nossos corações de criança, acaba se tornando uma época de preocupações sobre presentes, sobre que roupa vestir e sobre o eterno dilema de cear porco ou peru. E confesso, já passei por vários Natais sem nem me lembrar do Aniversariante. Nem ao menos um " parabéns"...
Mas a gente pode tentar lembrar, juntos, que o Aniversariante nasceu, há dois mil anos atrás, num estábulo, porque a família não tinha dinheiro para nada. Tentar lembrar que ainda muito menino, o Aniversariante foi trabalhar junto com o pai, para dar sustento a sua família. E olha que ele era filho do "Homem".
Como Ele, na noite de Natal, vários meninos nascerão pelo mundo. E outros, que já nasceram, farão aniversário.
Pobres. Famintos.
E ainda por cima nenhum terá a Estrela de Belém brilhando por sua cabeça.
Eles vão estar espalhados pelos Estados Unidos, pelo Afeganistão, pela China, na beira das estradas do Brasil, enfim por todo canto. Mas, estarão especialmente aqui para mim. Bem aqui. Na porta do caixa eletrônico onde eu pego meu dinheiro, na calçada onde passo, num barraco à beira do Arroio Pelotas. Estarão até, pasmem, na janela fumê do meu carro. E muito provavelmente, como em muitas outras vezes, tocarão meu coração apenas por segundos ou minutos. Quando a champanhe for aberta, eu nem me lembrarei mais deles.
E mais um Natal vai passar assim. Mais uma vez, onde estiver, o Aniversariante não terá nada para comemorar. Ele vai olhar com tristeza para as nossas ceias, para os nossos fogos, para os nossos carrões....
Não quero ser chato na véspera das festas, nem mal agradecido, afinal mais um ano se passou e eu me mantive com saúde, minha família e amigos também. Mas em todo Natal, não parece para vocês que falta algo? Que é uma festa sempre incompleta? Talvez porque ela não signifique ainda para as pessoas o que o Dono da festa representou. Ou talvez eu esteja maluco, o que sempre é uma possibilidade.
Nunca é tarde pra mudar...
Bom, o que fazer neste Natal ?
Talvez eu compre presentes caros e fúteis, mas vou tentar dar mais abraços.
Talvez ainda dê esmolas para aliviar minha barra, mas vou ver se pelo menos, consigo olhar
no rosto do menino e sorrir.
E o mais importante de tudo : Vou agradecer ao Aniversariante. Muito. Por tudo. E dizer que, se ele precisar de ajuda para que a festa do ano que vem seja melhor, estamos aí.
Feliz Natal para todo mundo !!!!!
Jacques
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O tempo vai passando e os Natais vão mudando para a gente. De uma hora para outra ( digo de uma hora para outra porque nem notamos que estamos ficando velhos) começamos a dar mais presentes do que receber. Já perceberam? Sintoma claro do tempo. E o Natal, que antes era um tempo de alegria para os nossos corações de criança, acaba se tornando uma época de preocupações sobre presentes, sobre que roupa vestir e sobre o eterno dilema de cear porco ou peru. E confesso, já passei por vários Natais sem nem me lembrar do Aniversariante. Nem ao menos um " parabéns"...
Mas a gente pode tentar lembrar, juntos, que o Aniversariante nasceu, há dois mil anos atrás, num estábulo, porque a família não tinha dinheiro para nada. Tentar lembrar que ainda muito menino, o Aniversariante foi trabalhar junto com o pai, para dar sustento a sua família. E olha que ele era filho do "Homem".
Como Ele, na noite de Natal, vários meninos nascerão pelo mundo. E outros, que já nasceram, farão aniversário.
Pobres. Famintos.
E ainda por cima nenhum terá a Estrela de Belém brilhando por sua cabeça.
Eles vão estar espalhados pelos Estados Unidos, pelo Afeganistão, pela China, na beira das estradas do Brasil, enfim por todo canto. Mas, estarão especialmente aqui para mim. Bem aqui. Na porta do caixa eletrônico onde eu pego meu dinheiro, na calçada onde passo, num barraco à beira do Arroio Pelotas. Estarão até, pasmem, na janela fumê do meu carro. E muito provavelmente, como em muitas outras vezes, tocarão meu coração apenas por segundos ou minutos. Quando a champanhe for aberta, eu nem me lembrarei mais deles.
E mais um Natal vai passar assim. Mais uma vez, onde estiver, o Aniversariante não terá nada para comemorar. Ele vai olhar com tristeza para as nossas ceias, para os nossos fogos, para os nossos carrões....
Não quero ser chato na véspera das festas, nem mal agradecido, afinal mais um ano se passou e eu me mantive com saúde, minha família e amigos também. Mas em todo Natal, não parece para vocês que falta algo? Que é uma festa sempre incompleta? Talvez porque ela não signifique ainda para as pessoas o que o Dono da festa representou. Ou talvez eu esteja maluco, o que sempre é uma possibilidade.
Nunca é tarde pra mudar...
Bom, o que fazer neste Natal ?
Talvez eu compre presentes caros e fúteis, mas vou tentar dar mais abraços.
Talvez ainda dê esmolas para aliviar minha barra, mas vou ver se pelo menos, consigo olhar
no rosto do menino e sorrir.
E o mais importante de tudo : Vou agradecer ao Aniversariante. Muito. Por tudo. E dizer que, se ele precisar de ajuda para que a festa do ano que vem seja melhor, estamos aí.
Feliz Natal para todo mundo !!!!!
Jacques

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