Quando saímos de Paris, eu não tinha muitas expectativas , confesso. Estava muito mais preocupado em dirigir e conseguir sair mesmo da cidade que propriamente imaginar o destino. E também estava tão encantado com P
Esse vale, que tem esse nome porque o rio Loire flui por ele, é a região com a maior concentração de castelos do mundo e os principais da França, na sua maioria balneários ou estâncias de caça de reis e nobres. Outra coisa interessante é que a pronúncia de Loire em francês é algo muito parecido com “Luar” o que abre uma possibilidade infinita de licenças poéticas. Para um “imaginador” como eu, um prato de caminhoneiro, bem cheio. Saindo de Paris, lentamente o cenário foi mudando para um bucólico ar campestre francês. E umas duas horas depois, após cruzar algumas pontes medievais e passar por minúsculos povoados, chegamos a Chambord , o maior dos castelos do vale. Grandioso, a imponência do lugar comove na chegada, rodeado por um simpático hotel antigo e aconchegante. Quando eu desci do carro parecia o tal menino com uma bola nova. Já
Já no quarto do hotel, prontos pra dormir, eu ficava espiando toda hora pela janelinha e ficava imaginando as noites antigas no lugar , onde reis e suas cortes desfrutavam de jantares nababescos e formais.
Dormi com aquela imagem de sonho na minha cabeça e cedo pulamos da cama para o Petit déjeuner, o café da manhã dos franceses. Assim que o castelo abriu pra visitação, estávamos nós lá, guias na mão e andando pelos 440 quartos, 365 lareiras e 84 escadas de Chambor.
Ficamos horas lá dentro e a cada peça ou quarto famoso, eu viajava pelo tempo. As escada principal do castelo foi projetada por Leonardo da Vinci e concebida pelo gênio de uma m
aneira que, quem subia não topava com quem descia. Segundo a história, era uma maneira do Rei Francisco ir ao quarto das amantes sem que a rainha percebesse. Vai saber..Saí de lá cansado de tanto caminhar e não passamos nem pela metade do castelo. E ainda iríamos ver outros(ChaumontSurLoire e Chenanceaux ou Chenanceau ). Este último também lindíssimo, construído sobre um rio e com uma salão de baile de sonhos. ( foto postada abaixo).
Seguimos nossa viagem pelo interior da França e rumo aos Pirineus e a Barcelona, mas o Loire e seus castelos com certeza me vinham a mente a todo momento. E escrevendo agora, parece que estou ali, imaginando a vida dos homens 500 anos atrás.
O Loire que me aguarde, em breve estarei lá de novo. É um dos lugares que quero rever, agora não
com os olhos de novidade, mas com os olhos de saudade. Por enquanto vou revendo as fotos e filminhos, lembrando da tarde ensolarada e da noite gelada de Chambord.As fotos e vídeo são nossos.
Quem sabe um dia também dançarás nos salões de Chenanceaux ?
Hein ? Hein ??
Viaje. Dance. ( Eu nem sei dançar..)
Dica : Carregue todo video e depois assista novamente.
Assim você não tem as paradas chatas de carregamento de buffer.
Le loupgarou, pós chuvas de setembro, ano de 2569 do calendário budista.

Um comentário:
Lendo teu texto me fizestes viajar novamente pelos castelos do "Vale do Luar", não há como não se impressionar com a beleza e o clima daqueles lugares... fechar os olhos e imaginar a vida de antigamente, reis, rainhas, roupas, forma de viver, tudo.... é realmente deslumbrante !!!
Bjo, Cris.
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