Mude o mundo

07/03/2008

Paris

rFoto : Rua Lateral à Igreja de Notre Dame,by Cláudia, fevereiro de 2008.

Acho que foi meu amigo mais velho, Mário Quintana, que disse que “Viajar é mudar o cenário da solidão”. Longe de mim querer analisar o que disse um gênio da raça, mas me parece que ele quis dizer é que, se a gente não viaja também de alma, não muda muita coisa. Sempre viajei muito a trabalho e nessas andanças conheci o Brasil inteiro. Depois, mudando para viagens mas próximas, conheci todo o RS. Talvez por isso a idéia de viajar nas férias nunca tenha sido de grandes empolgações para mim. E não havia mais tanto a conhecer. Depois que fui a Noronha, por exemplo, qualquer destino nacional ficou um pouco sem graça. Tirando Floripa claro. Mas aí nem conta como viagem. É quase minha casa essa ilhota encantada. Morei lá! Dizem que os gaúcho são loucos por Floripa e eu ao longo dos anos, certamente honrei como poucos esse querer.
Mas ainda bem que a gente muda. E acontecem coisas.
E eu fui pra Paris.
Cheguei com expectativas absolutamente normais, dada minha experiência como viajante que já não se deslumbra no primeiro mirante panorâmico.
Conheci outras cidades bacanas e badaladas.. Lyon, Barcelona, Florença, Veneza, Roma..enfim... Mas Paris...
Há uma certa magia em Paris que não se repete em qualquer lugar do mundo. A sensação é de estar num filme, sempre. Em cada detalhe da cidade, das pessoas, da história, exala um charme e uma personalidade inconfundíveis. Só Paris as tem.
De uma caminhada curta você sai de Notre Dame, gótica, funesta, sombria e imponente e vai até o Louvre, disparadamente o maior e melhor museu do planeta. Mais vinte minutos depois, caminhando pela Champs-Elysées, você esbarra no Arco do Triunfo e bate de frente com a história do civilização. Se ainda tiver mais uma perninha, mais quinze minutos e esta na Torre Eiffel, talvez o monumento mais visitado da terra. Isso tudo às margens de um estonteante Rio Sena, limpíssimo, em que você pode navegar numa viagem de sonhos ao som de Charles Aznavour.
Em Paris é impossível não se viajar com a alma...
Confesso Floripa. Paris tomou teu lugar no meu coração !
Engraçado que fecho os olhos e me fecho caminhando pelas ruas de Paris, olhando seus telhados íngremes, suas belas moças e suas botas pretas e os moços com seus cachecóis.
Os cafés requintados e as lambretinhas que povoam as calçadas.

E claro, a eterna sensação que, em todo lugar, você escuta Edith Piaf cantando “ La vie em Rose” :
“ Des yeux qui font baiser les miens, un rire qui se perd sur sa bouche, voila le portrait sans retouche....”

À Bientôt, Paris !!!!

Jacques, verão Americano, inverno Parisiense de 2008

Nenhum comentário: