
A sedução entre macho e fêmea é tão antiga quanto a vida na terra. Para nós, homo sapiens, os ancestrais humanos nem andavam direito sobre os membros inferiores e já havia vestígio da sedução e suas artimanhas. Uma vez eu li que o amor foi um mecanismo inventado pela natureza para propagação da espécie humana. Pouco romântico, mas com uma lógica interessante. Bom, se o amor foi uma artimanha bem bolada, a sedução com certeza sempre foi a sua ferramenta principal. Homens e mulheres, desde sempre, se movem, respiram , falam e se perfumam na tentativa de serem sedutores.
O que diferencia a sedução humana das demais é exatamente a amplitude que ela alcança em nossas vidas. Ao passo que nos animais se restringe a alguns cheiros e danças engraçadas, nos humanos ela tem formas e jeitos incontáveis. Porque ao contrário dos animais, cada ser humano seduz e se deixa seduzir de maneira diferente. É a tal individualidade, que nos diferencia dos demais animas. Uma vaca é só mais uma vaca. E cada pessoa é um universo por si só.
Nesse contexto infinito de possibilidades, na África algumas mulheres usam extensores labiais. No Japão, ser gordo e lutador de sumô pode ser sedutor. Já aqui entre nós, alguns homens acham até que usar uma corrente grossa de prata no pescoço pode ser sedutor. Ou seja.. Gostos pra tudo. Vai saber...
O fato é que, o que seduz muda até para o mesmo ser. A menina que adorava cabeludos na adolescência, hoje prefere os bem arrumadinhos. O menino que se apaixonou por um belo rostinho na sétima série, hoje corre atrás de um par de seios falsos. Por que sedução nada mais é que uma percepção de valor. E nossos valores, o que achamos importante, mudam durante a vida. É a chamada evolução. Maturidade, para alguns. Simples adequação de necessidades para outros.
Mas o fato é que a sociedade moderna acaba criando um padrão de sedução. E na média, generalizando, achamos mais ou menos as mesmas coisas bonitas e interessantes. A mídia, principalmente, acaba formando na gente um senso comum e de certa maneira, nos diz o que “nos seduz”. Porque a pele bronzeada é mais bonita ? Seios grandes são mais eficientes? O bíceps do Bill Gates é bem comunzinho...mas a conta bancária... Enfim...
Me questiono muito sobre minha própria escravidão a esses valores. Sempre penso se a menina macia e sarada que estava começando a conhecer, me interessaria ainda quando a pele murchasse e o corpo perdesse a exuberância. (Fato que realmente não vai interessar em nada se o prazo de validade dela na minha vida estiver relacionado com duas pizzas, um cinema e três transadas) Você nunca se pergunta isso ? o que seduz você é bacana ? Corpo e mente concordam em preferências ? Aquela tua amiga que só escolhe os homens errados não se seduz pelas coisas erradas? Aquele teu amigo bacana que vive babando atrás de mocréias... sabe disso ?
Eu, como solteiro que gosto da idéia de deixar de ser solteiro em algum momento, nesses dias me peguei pensando: O que me seduz? O que me seduz é bom? E o que eu ofereço pra seduzir as pessoas ? Às vezes , fico pensando se mostro o melhor de mim. Ou se mostro apenas o que sei que a grande maioria das pessoas vai querer ver. Acho que essa é uma boa reflexão. Será que a menina que atrai os cachorros não oferece apenas o que esses tipos querem? Ou seja, se ela oferece como valores SÓ peitões e piercings, um cara bacana vai se interessar por isso mais do que por breves momentos? Acho que é uma armadilha que a maioria de nós caí : Não oferecemos realmente o que temos de melhor. E acabamos seduzindo com coisas que no fundo não nos interessavam. Quem nunca ouviu a frase : “ O que um cara/menina bonito desses faz sozinho?” Pode haver raciocínio mais simplista e desprovido de valores do que esse?
Mas a maioria de nós já pensou isso sobre aquele bonitão ou sobre aquela gostosa do 502.
E aí ? O que te seduz ?
******************************************
Esses tempos , no meio de uma conversa quase despretenciosa, alguém me disse :
“..Sei lá..eu gosto de ti.. tu me faz querer ser uma pessoa melhor..Quero que tu goste de mim..”
Tá ai uma bela sedução. Me senti tão bem em ouvir isso. E acho que o objetivo nem foi seduzir. Mas seduziu.
E quem me disse não foi nenhuma femme-fatale, de salto alto, mini saia e coxas poderosas.Foi só uma moça como qualquer outra. Mas que a partir de então, se fez diferente.
E deixou de ser qualquer outra.
Jacques, verão de 2007
O que diferencia a sedução humana das demais é exatamente a amplitude que ela alcança em nossas vidas. Ao passo que nos animais se restringe a alguns cheiros e danças engraçadas, nos humanos ela tem formas e jeitos incontáveis. Porque ao contrário dos animais, cada ser humano seduz e se deixa seduzir de maneira diferente. É a tal individualidade, que nos diferencia dos demais animas. Uma vaca é só mais uma vaca. E cada pessoa é um universo por si só.
Nesse contexto infinito de possibilidades, na África algumas mulheres usam extensores labiais. No Japão, ser gordo e lutador de sumô pode ser sedutor. Já aqui entre nós, alguns homens acham até que usar uma corrente grossa de prata no pescoço pode ser sedutor. Ou seja.. Gostos pra tudo. Vai saber...
O fato é que, o que seduz muda até para o mesmo ser. A menina que adorava cabeludos na adolescência, hoje prefere os bem arrumadinhos. O menino que se apaixonou por um belo rostinho na sétima série, hoje corre atrás de um par de seios falsos. Por que sedução nada mais é que uma percepção de valor. E nossos valores, o que achamos importante, mudam durante a vida. É a chamada evolução. Maturidade, para alguns. Simples adequação de necessidades para outros.
Mas o fato é que a sociedade moderna acaba criando um padrão de sedução. E na média, generalizando, achamos mais ou menos as mesmas coisas bonitas e interessantes. A mídia, principalmente, acaba formando na gente um senso comum e de certa maneira, nos diz o que “nos seduz”. Porque a pele bronzeada é mais bonita ? Seios grandes são mais eficientes? O bíceps do Bill Gates é bem comunzinho...mas a conta bancária... Enfim...
Me questiono muito sobre minha própria escravidão a esses valores. Sempre penso se a menina macia e sarada que estava começando a conhecer, me interessaria ainda quando a pele murchasse e o corpo perdesse a exuberância. (Fato que realmente não vai interessar em nada se o prazo de validade dela na minha vida estiver relacionado com duas pizzas, um cinema e três transadas) Você nunca se pergunta isso ? o que seduz você é bacana ? Corpo e mente concordam em preferências ? Aquela tua amiga que só escolhe os homens errados não se seduz pelas coisas erradas? Aquele teu amigo bacana que vive babando atrás de mocréias... sabe disso ?
Eu, como solteiro que gosto da idéia de deixar de ser solteiro em algum momento, nesses dias me peguei pensando: O que me seduz? O que me seduz é bom? E o que eu ofereço pra seduzir as pessoas ? Às vezes , fico pensando se mostro o melhor de mim. Ou se mostro apenas o que sei que a grande maioria das pessoas vai querer ver. Acho que essa é uma boa reflexão. Será que a menina que atrai os cachorros não oferece apenas o que esses tipos querem? Ou seja, se ela oferece como valores SÓ peitões e piercings, um cara bacana vai se interessar por isso mais do que por breves momentos? Acho que é uma armadilha que a maioria de nós caí : Não oferecemos realmente o que temos de melhor. E acabamos seduzindo com coisas que no fundo não nos interessavam. Quem nunca ouviu a frase : “ O que um cara/menina bonito desses faz sozinho?” Pode haver raciocínio mais simplista e desprovido de valores do que esse?
Mas a maioria de nós já pensou isso sobre aquele bonitão ou sobre aquela gostosa do 502.
E aí ? O que te seduz ?
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Esses tempos , no meio de uma conversa quase despretenciosa, alguém me disse :
“..Sei lá..eu gosto de ti.. tu me faz querer ser uma pessoa melhor..Quero que tu goste de mim..”
Tá ai uma bela sedução. Me senti tão bem em ouvir isso. E acho que o objetivo nem foi seduzir. Mas seduziu.
E quem me disse não foi nenhuma femme-fatale, de salto alto, mini saia e coxas poderosas.Foi só uma moça como qualquer outra. Mas que a partir de então, se fez diferente.
E deixou de ser qualquer outra.
Jacques, verão de 2007

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