Acordaríamos cedo, por volta das nove horas. Nem tão cedo, porque seria inverno e faz frio no inverno em Paris. Colocaríamos nossos tênis e nossas mantas, sobre os pesados casacos de frio e sairíamos a passos firmes pelas apertadas ruas de Saint Germain , onde ficaria nosso hotel. Iríamos tomar café em uma boa padaria, como fazem os franceses. Ela ficaria do outro lado do Sena, em Rive Droite ( lado direito do Rio) Cruzaríamos a ponte, ela ficaria na esquina de Notre Dame. Pediríamos dois cafés americanos e croissants. O sol a pouco a pouco iria tocando as torres da Igreja e nos mostrando a cara da fria manhã. Desjejum feito, uma boa caminhada a beira do rio, olhando as pessoas e a cidade se mover , apressada, enquanto nós estaríamos de férias. Bom demais isso.
Num banquinho a beira do rio, uma pausa para um mate quem sabe, para o fascínio dos habitantes locais. Bergamotas acho que não. Já seria pedir demais bergamotas em Paris.
Depois pegaríamos o metro, e iríamos para Montmartre, onde fica
Sacre Couer. Fotos na igreja, uma caminhada por esse bairro de artistas, uma fotos no Moulin Rouge. Num simpático restaurantes local comeríamos um crep Parisiense, olhando as fotos da manhã e rindo dos nossos narizes vermelhos de frio.
Um cafezinho depois.
Trem de novo para perto do Sena.
Desceríamos perto do Louvre e o observaríamos de fora, entrar era tarefa para outro dia. Seguiríamos a tarde, caminhando pela Champs-Elissye, olhando as belas lojas de perfume e roupas ( só olhando , claro!) e no final encontraríamos o Arco do Triunfo, onde descansaríamos, tiraríamos mais fotos e comeríamos uns amendoins doces da simpática carroça do imigrante turco. Quase final da tarde começaríamos nossa caminhada até a Torre. O ideal seria pegar o final da tarde e acompanhar a noite chegar, onde a Torre se iluminaria com seu espetáculo incrível. Pés cansados, fotos e expectativas, Torre acima. No primeiro nível, uma olhada panorâmica sobre os telhados de Paris que Nei Lisboa cantou. A noite caindo.
A sineta toca e a Torre acende, junto com a Cidade-Luz.
Paris cumpre seu destino que é emocionar.
No restaurante do segundo andar, para fugirmos do frio, pediríamos um copão de sopa. Um só. Duas colheres. E bem pertinho, assistiríamos um pouco da noite chegando.
Não haveriam relógios, nem tempo, nem hora pra voltar. Apenas a contemplação do final do Dia Perfeito.
Nenhuma palavra, talvez uma poesia ou uma declaração rabiscada num guardanapo do restaurante.
Aquele cheiro bom de roupas de inverno que passaram o dia ao sol.
Abraços de agradecimento mútuo, sem saber organizar na cabeça exatamente por que se agradece.
Alguns beijos misturados com sorrisos de cumplicidade.
Alguns pensamentos sobre o porque o relógio tinha que voltar a funcionar.
O dia terminando..
O dever cumprido : Estar feliz.
Jacques, le loupgarou, pré outono de 09.

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